O RACISMO ESTRUTURAL VIVENCIADO NA PELE

HISTÓRIA ORAL DE QUEM VIVE, SENTE E LUTA

Autores

  • Nathália Germiniani Silva Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil.
  • Elaine Nabor de Lima Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil
  • Juliana Maria Vaz Pimentel Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil

Resumo

Este artigo é um recorte da pesquisa “Formação Crítica nas Questões Étnicos Raciais na Escola Pública: Articulando Teoria e Prática, desenvolvida no grupo de pesquisa da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” de Presidente Prudente - SP. A população alvo da pesquisa envolveu seis pessoas de referência na temática “negritude” residente nos municípios pesquisados, sendo três em Presidente Prudente e três em Rosana para pesquisar suas histórias de vida. Para tanto esse artigo objetivou dialogar com temáticas relacionadas ao racismo estrutural frente as colocações da narrativa de uma história de vida. Assim, este estudo propõe uma reflexão, buscando compreender essas relações experienciadas a partir das de memórias (auto) biográficas. A entrevista ocorreu de via Google Meet após apresentação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, a qual foi agendada previamente e realizada com o Sr. Jair (Professor, educador musical e Músico). Optamos pela utilização do método “História Oral”, a qual se desenvolveu por meio da entrevista temática composta por 3 momentos principais, a saber: 1º História de vida e religião; 2º Vivências marcantes e a questão racial; 3º Educação, formação e perspectivas de luta. Através de aproximações realizadas é evidente o quanto a concepção do racismo estrutural histórico é essencial para se identificar as raízes profundas das desigualdades raciais que persistem na sociedade contemporânea.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo Estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento,2018.

BARTEL, Carlos Eduardo. Manifestações de Racismo e de Intolerância no Brasil Contemporâneo. HISTÓRIA UNICAP , Recife, PE, Brasil, v. 1, n. 1, p. p. 104–118, 2014. DOI: 10.25247/hu.2014.v1n1.pp. 104-118. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/historia/article/view/379. Acesso em: 27 jan. 2025.

BOSI, Ecléa. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. Cap 1. A substância Social da Memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BOSI, Eclea. A pesquisa em memória social. Psicologia USP. SP, vol. 04, 1993.

DELGADO, L. de A. N. (2009). História oral e narrativa: tempo, memória e identidades. História Oral, 6. https://doi.org/10.51880/ho.v6i0.62

FERREIRA, M. de M.; AMADO, J. Usos e Abusos da História Oral. RJ: FGV, 1998

FERNANDES, Nathalia Vince Esgalha. A raiz do pensamento colonial na intolerância religiosa contra religiões de matriz africana. Revista Calundu. Vol. 1, n. 1, jan-jul, p. 117-136, 2017. MACEDO, Edir. Orixás, caboclos e guias: deuses ou demônios? São Paulo: Unipro, 2000.

MBEMBE, Achille. Necropolítica, Biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. n-1 edições, 2018.

MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. In: SEMINÁRIO NACIONAL RELAÇÕES RACIAIS E EDUCAÇÃO-PENESB-RJ, 2003.

MUNANGA, Kabengele. Teoria Social e Relações Raciais no Brasil Contemporâneo. USP, 2010.

PORTELLI, Alessandro. O que diferencia a história oral? In: PORTELLI, A.A morte de Luigi Trasulli e outras histórias: forma e significado na história oral. Nova York: The State University of New York Press, 1991, p. 45-58.

PORTELLI, Alessandro. Um trabalho de relação: observações sobre a história oral. Revista Trilhas da História. Três Lagoas, v.7, nº13 jul-dez, p.182-195, 2017.

PORTELLI. Alessandro. O que faz a História Oral diferente? Proj. História, São Paulo, fev, 1997.

Downloads

Publicado

2025-03-29

Como Citar

Germiniani Silva, N., Nabor de Lima, E., & Maria Vaz Pimentel, J. (2025). O RACISMO ESTRUTURAL VIVENCIADO NA PELE: HISTÓRIA ORAL DE QUEM VIVE, SENTE E LUTA. Caderno Prudentino De Geografia, 2(47), 102–121. Recuperado de http://200.145.6.156/index.php/cpg/article/view/10911

Edição

v. 2 n. 47 (2025): Número Especial - Ocupação Preta: a história de um é a narrativa de todos

Seção

Número Especial - Ocupação Preta: a história de um é a narrativa de todos

Licença

1- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao Caderno Prudentino de Geografia o direito de primeira publicação, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.

2- As provas finais não serão enviadas aos autores.

3- Os trabalhos publicados passam a ser incorporados a Revista, ficando sua impressão e reimpressão, total ou parcial, autorizadas pelo autor. A utilização do texto é livre e incentivada a sua circulação, devendo ser apenas consignada a fonte de publicaçao original.

4- Os originais não serão devolvidos aos autores.

5- As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

6- Os autores são responsáveis pela correção gramatical-ortográfica final dos textos.